ENGLISH VERSION BELOW
Vinte e cinco anos são uma
quantidade apreciável de tempo. E é há essa quantidade de tempo que Rui
Fonseca, Mr RPF, trabalha profissionalmente com fibras, compósitos e
afins.
Um grupo de amigos decidiu fazer-lhe uma
surpresa: no dia 11 de Abril aparecemos-lhe de rompão na "Chafarica"e
brindámos com espumante fresquinho enquanto o premiámos com uma placa alusiva á
efeméride.
Aproveitámos para registar uma conversa que,
pela curiosidade, publicamos.
Rui, grande surpresa?
E pá estou sem palavras, vocês são uns
fofinhos!
Por favor seca as lágrimas, vamos conversar um
bocadinho e dar um tom mais oficial pode ser?
Ok.
Rui, vinte e vinco anos já impõe
respeito! Diz-nos duas coisas: como é que consegues lembrar-te do dia exacto?
Muito provavelmente, no dia 11 de Abril de
1988 eu não tinha preocupações.
Fala um bocadinho sobre a tua evolução, sobre o que foste trabalhando, outras áreas
de negócio, equipamentos, industria.
Yeap.... como comecei, o gosto que tive, como
evolui.
Comecei pela canoagem na Associação Naval 1º
de Maio, levado por amigos e pelo professor Vilela, de quem perdi o rasto.
Fiquei doido. Passou-se algum tempo até que comecei a trabalhar com as fibras.
Ao bichinho da canoagem juntou-se uma apaixonante sensação de criar.
Entretanto, o tempo passou e tive uma passagem pela tropa. Quando regressei,
estableci a RPF em 1993. Faziamos fundamentalmente produtos para turismo – que
hoje são em plástico. Mais tarde, envolvi-me num projecto de desporto aventura;
colaborei em alguns projectos industriais e fui formador.
E a especialização em kayaksurf?
Em 2007 aprofundou-se o meu envolvimento na
manutenção industrial de pás eólicas. Isso representou uma aprendizagem técnica
e científica brutal, designadamente nos compósitos high tec.
Foi por essa altura que nasceu o Shark.
Esse foi um marco importante...! De onde veio
o Shark?
O Shark é a materialização, atrevés de uma
fusão de conceitos técnicos, de uma necessidade de existir um Sit On Top de
alta performance para surf. Andava eu, num belo dia, a surfar na Praia do
Cabedelo, num kayak de aguas bravas. Ao realizar um apoio, apoiei mal e, com a
violência, desloquei o ombro. Fiquei, assim, preso no kayak e sem conseguir
ejectar-me.
Safei-me daquilo e não descansei enquanto não
tive nas mãos aquilo que veio a ser o Shark. Curiosamente, o desenvolvimento do
shark foi acompanhado por pontos de vista totalmente simétricos: por um lado,
fui massacrado com o que eu não queria ouvir, que era um desperdicio de tempo e
dinheiro, que o projecto não passaria de uma teimosia; por outro lado, eu
acreditava num conceito inovador e que poderia abrir portas ao kayaksurf a
todos que o desejassem practicar.
... e hoje temos a RPF nos quatro cantos do
mundo, com esses produtos.
Fizémos ainda uma versão maior, o Master para
utilizadores maiores e que dispara em tudo o que é onda; e o Maori, mais
pequenino.
Como tens passado pela crise?
Esta depressão económica tem sido terrível
para toda a gente e eu não sou excepção. Temos buscado argumentos para dar a
volta.
Como vês o futuro? Tens aí alguma coisa a sair da manga?
O futuro passará necessariamente pelo
alargamento dos mercados. Criámos e possuimos kayaks de surf sit on top que são
únicos. A sua rigidez aliada á leveza e possibilidade de altas performances
tornam-nos excelente portas de entrada no kayaksurf! Qualquer pessoa surfa e
diverte-se num Shark ou num Master ou num Maori! Os Kayaksurf Sit On Top são
RPF! Temos que conseguir chegar a todos os que nos procuram.
Por outro lado, temos vindo a desenvolver um
produto para uma zona do mercado em que a RPF ainda não estava presente: um IC.
Tem sido um desafio, trocamos quinhentas opiniões, realizamos mil desenhos,
shapamos cinco mil. Mas a equipa anda estimulada com a coqueluche! - que, neste
momento, não passa de um inerte cheio de riscos mas em breve ganhará cor e
brilho e vida.
Rui, obrigado e desejamos-te a melhor sorte do
mundo: tu mereces!
ENGLISH VERSION
Twenty-five years are an quite amount of time!
And this id fr how long Rui Fonseca, Mr RPF works professionally with fibers,
composites and this kind of stuff.
A group of friends decided to make him a
surprise: on April 11 we popped up in the so called "Chafarica" and toasted with champagne while we awarded RPF with a plaque
commemorating will ephemeris.
We took advantage to record a conversation
that we now publish.
Rui, big surprise?
I’m speechless, pumpkins!
Please dry your tears, let's talk a little bit
and take this a little bit serious, ok dude?
Ok
Rui, twenty five years means respect! Tells us
a couple of things: how can you mark the exact day?
It was on April 11. Most likely, on April 11,
1988 I had no worries.
Let us know a little bit about your evolution,
about what you were working on; other business areas , industry.
Yeap ... as I began, I had the taste, how it
evolves.
So I started canoeing at the Associação Naval
1 º de Maio, taken by friends and teacher Vilela, who lost the trail – and it
was love at first sight. Some time passed till I started working with fibers. Moreover
I got this passionate feeling for creating boats. However, some time ater I had
to join the army. When I returned, I established RPF in 1993. For starters. We
mdke products primarily for tourism - which today are plastic you know. Later,
I became involved in an adventure sport
project; and latter I workedin some industrial projects.
And how did you become specifically involved
with surfkayaking?
Well, in 2007 I was involved in maintenance and
repair of industrial wind blades. This was a brutal technical and scientific
learning, particularly in high tech composites.
It was around this time that the Shark was
born…
This was an important milestone ...! Where did
the Shark come from?
The Shark is the materialization, through a fusion
of technical concepts, of a need for a Sit On Top as a high performance surfing
boat.
So on this beautiful day I was surfing in the
Cabedelo Beach, using a white water kayak. But in a roll I dislocated my
shoulder and I got trapped in the kayak, unable to eject.
I got off of it and did not rest until I had
hands on what came to be the Shark. Interestingly, the development of the shark
was accompanied by views totally symmetric: on one hand, was massacred with
what I did’nt want to hear: that it was a waste of time and money, the project
was no more than stubbornness of mine; and secondly I believed in an innovative
concept that could open doors to kayaksurf to everyone who wished practicing.
And it did.
... and today we have the RPF in the four
corners of the world with these products.
We made also a larger version, the Master to
users maiorese shooting everything wave, and the Maori, little more.
How have you been for the crisis?
This economic depression has been terrible for
everyone and I am no exception. We fetched arguments to get around.
How do you see the future? Are there any news?
The future will necessarily pass by expanding
the markets. We have developed and created surf kayaks sit on top that are
unique. Their lightness and stiffness allied to the possibility of high
performance make them excellent entry doors in kayaksurf! Anyone can surf and
play with a Shark or a Master or a Maori! The Kayaksurf Sit On Top is RPF! We
have to meet the needs of all that seek us.
Moreover, we have developed a product for a
market area in which the RPF was not yet present: an IC. It has been a
challenge, five hundred brainstormings, housands of drawings, dozens of shapes.
But the team is stimulated with the new toy! - Which, at this point, is nothing
more than piece of shaped stone full of risks but that will soon gain color and
brightness and life. I hope kayaksurfers like it. It’s for them.
Thanks Rui! Best of luck! You deserve it!
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