quarta-feira, 10 de julho de 2013

25 ANOS COM FIBRAS / 25 YEARS WORKING WITH FIBERS



ENGLISH VERSION BELOW

Vinte e cinco anos são uma quantidade apreciável de tempo. E é há essa quantidade de tempo que Rui Fonseca, Mr RPF, trabalha profissionalmente com fibras, compósitos e afins.
Um grupo de amigos decidiu fazer-lhe uma surpresa: no dia 11 de Abril aparecemos-lhe de rompão na "Chafarica"e brindámos com espumante fresquinho enquanto o premiámos com uma placa alusiva á efeméride.
Aproveitámos para registar uma conversa que, pela curiosidade, publicamos.

Rui, grande surpresa?
E pá estou sem palavras, vocês são uns fofinhos!

Por favor seca as lágrimas, vamos conversar um bocadinho e dar um tom mais oficial pode ser?
Ok.

Rui, vinte e vinco anos já impõe respeito! Diz-nos duas coisas: como é que consegues lembrar-te do dia exacto?
Muito provavelmente, no dia 11 de Abril de 1988 eu não tinha preocupações.

Fala um bocadinho sobre a tua evolução,  sobre o que foste trabalhando, outras áreas de negócio, equipamentos, industria.
Yeap.... como comecei, o gosto que tive, como evolui.
Comecei pela canoagem na Associação Naval 1º de Maio, levado por amigos e pelo professor Vilela, de quem perdi o rasto. Fiquei doido. Passou-se algum tempo até que comecei a trabalhar com as fibras. Ao bichinho da canoagem juntou-se uma apaixonante sensação de criar. Entretanto, o tempo passou e tive uma passagem pela tropa. Quando regressei, estableci a RPF em 1993. Faziamos fundamentalmente produtos para turismo – que hoje são em plástico. Mais tarde, envolvi-me num projecto de desporto aventura; colaborei em alguns projectos industriais e fui formador.

E a especialização em kayaksurf?
Em 2007 aprofundou-se o meu envolvimento na manutenção industrial de pás eólicas. Isso representou uma aprendizagem técnica e científica brutal, designadamente nos compósitos high tec.
Foi por essa altura que nasceu o Shark.

Esse foi um marco importante...! De onde veio o Shark?
O Shark é a materialização, atrevés de uma fusão de conceitos técnicos, de uma necessidade de existir um Sit On Top de alta performance para surf. Andava eu, num belo dia, a surfar na Praia do Cabedelo, num kayak de aguas bravas. Ao realizar um apoio, apoiei mal e, com a violência, desloquei o ombro. Fiquei, assim, preso no kayak e sem conseguir ejectar-me.
Safei-me daquilo e não descansei enquanto não tive nas mãos aquilo que veio a ser o Shark. Curiosamente, o desenvolvimento do shark foi acompanhado por pontos de vista totalmente simétricos: por um lado, fui massacrado com o que eu não queria ouvir, que era um desperdicio de tempo e dinheiro, que o projecto não passaria de uma teimosia; por outro lado, eu acreditava num conceito inovador e que poderia abrir portas ao kayaksurf a todos que o desejassem practicar.

... e hoje temos a RPF nos quatro cantos do mundo, com esses produtos.
Fizémos ainda uma versão maior, o Master para utilizadores maiores e que dispara em tudo o que é onda; e o Maori, mais pequenino.

Como tens passado pela crise?
Esta depressão económica tem sido terrível para toda a gente e eu não sou excepção. Temos buscado argumentos para dar a volta.


Como vês o futuro? Tens aí alguma coisa a sair da manga?
O futuro passará necessariamente pelo alargamento dos mercados. Criámos e possuimos kayaks de surf sit on top que são únicos. A sua rigidez aliada á leveza e possibilidade de altas performances tornam-nos excelente portas de entrada no kayaksurf! Qualquer pessoa surfa e diverte-se num Shark ou num Master ou num Maori! Os Kayaksurf Sit On Top são RPF! Temos que conseguir chegar a todos os que nos procuram.

Por outro lado, temos vindo a desenvolver um produto para uma zona do mercado em que a RPF ainda não estava presente: um IC. Tem sido um desafio, trocamos quinhentas opiniões, realizamos mil desenhos, shapamos cinco mil. Mas a equipa anda estimulada com a coqueluche! - que, neste momento, não passa de um inerte cheio de riscos mas em breve ganhará cor e brilho e vida.


Rui, obrigado e desejamos-te a melhor sorte do mundo: tu mereces!


ENGLISH VERSION 

Twenty-five years are an quite amount of time! And this id fr how long Rui Fonseca, Mr RPF works professionally with fibers, composites and this kind of stuff.
A group of friends decided to make him a surprise: on April 11 we popped up in the so called  "Chafarica" ​​ and toasted with champagne while we awarded RPF with a plaque commemorating will ephemeris.
We took advantage to record a conversation that we now publish.

Rui, big surprise?
I’m speechless, pumpkins!

Please dry your tears, let's talk a little bit and take this a little bit serious, ok dude?
Ok

Rui, twenty five years means respect! Tells us a couple of things: how can you mark the exact day?
It was on April 11. Most likely, on April 11, 1988 I had no worries.

Let us know a little bit about your evolution, about what you were working on; other business areas , industry.
Yeap ... as I began, I had the taste, how it evolves.
So I started canoeing at the Associação Naval 1 º de Maio, taken by friends and teacher Vilela, who lost the trail – and it was love at first sight. Some time passed till I started working with fibers. Moreover I got this passionate feeling for creating boats. However, some time ater I had to join the army. When I returned, I established RPF in 1993. For starters. We mdke products primarily for tourism - which today are plastic you know. Later, I became involved in an  adventure sport project; and latter I workedin some industrial projects.

And how did you become specifically involved with surfkayaking?
Well, in 2007 I was involved in maintenance and repair of industrial wind blades. This was a brutal technical and scientific learning, particularly in high tech composites.
It was around this time that the Shark was born…

This was an important milestone ...! Where did the Shark come from?
The Shark is the materialization, through a fusion of technical concepts, of a need for a Sit On Top as a high performance surfing boat.
So on this beautiful day I was surfing in the Cabedelo Beach, using a white water kayak. But in a roll I dislocated my shoulder and I got trapped in the kayak, unable to eject.
I got off of it and did not rest until I had hands on what came to be the Shark. Interestingly, the development of the shark was accompanied by views totally symmetric: on one hand, was massacred with what I did’nt want to hear: that it was a waste of time and money, the project was no more than stubbornness of mine; and secondly I believed in an innovative concept that could open doors to kayaksurf to everyone who wished practicing. And it did.

... and today we have the RPF in the four corners of the world with these products.
We made also a larger version, the Master to users maiorese shooting everything wave, and the Maori, little more.

How have you been for the crisis?
This economic depression has been terrible for everyone and I am no exception. We fetched arguments to get around.

How do you see the future? Are there any news?
The future will necessarily pass by expanding the markets. We have developed and created surf kayaks sit on top that are unique. Their lightness and stiffness allied to the possibility of high performance make them excellent entry doors in kayaksurf! Anyone can surf and play with a Shark or a Master or a Maori! The Kayaksurf Sit On Top is RPF! We have to meet the needs of all that seek us.

Moreover, we have developed a product for a market area in which the RPF was not yet present: an IC. It has been a challenge, five hundred brainstormings, housands of drawings, dozens of shapes. But the team is stimulated with the new toy! - Which, at this point, is nothing more than piece of shaped stone full of risks but that will soon gain color and brightness and life. I hope kayaksurfers like it. It’s for them.


Thanks Rui! Best of luck! You deserve it!