terça-feira, 4 de novembro de 2014

TRAVESSIA DE OUTONO NO DELTA DO VOUGA (25 e 26 de Outubro)

... ou seja, na Ria de Aveiro!

O recuo do mar que ocorreu desde o séc XVI terá estado na origem desta construção geográfica que constitui indubitavelmente uma das mais belas paisagens do mundo.

Nela, encontramos cordões dunares, planos de água, refugio e habitats de inúmeras espécies. Tem sido também plataforma de actividade económica, de práctica desportiva e de atracção turística.

Percurso Sábado
A Associação Kayaking for the People organizou e fez o chamamento - várias dezenas de canoistas compareceram.

Mesmo no fiinal de uma cansativa semana laboral, chegamos ao parque de campismo da Barra, na véspera da chegada do horário de Inverno. Assim beneficiámos de mais uma hora de luz e, na noite seguinte, de mais uma hora de repouso. Montámos o estendal do campismo, extraímos as rolhas do tinto e, depois do jantar, houve castanhas com jeropiga!

Na manhã de Sábado, a partida deu-se no Jardim Oudinot , junto ao antigo bacalhoeiro Sto André que durante 50 anos cruzou o Mar do Norte.

Plenos de sol e quase sem vento, rumámos ao sul, entrando no braço onde percorremos em passeio, cerca de 10 kms até à Vagueira.

Após o pic-nic regressamos, contra a maré, mas com o sol a favor! A ponte da Barra foi construída há 35 anos com projecto do Eng. Edgar Cardoso. Foi num banco de areia branca, junto à ponte, que tivemos direito a uma sessão de praia em àgua limpa e quentinha, mesmo antes do regresso.

Como sempre, tivemos um jantar de alto gabarito, lá no Delta do Vouga.



A manhã de Domingo chegou, solarenga, depois de uma noite descansativa e dilatada em uma hora..

Entrámos na água e seguimos a maré descendente até ao cais de pesca onde redireccionámos para a cidade: vamos entrar nos canais urbanos da Veneza Portuguesa. O nivelamento do caudal é permitido por uma eclusa que eleva os aquanautas e os liberta nas hidro-avenidas onde o trânsito intenso faz lembrar algumas metrópoles asiáticas (mais coisa menos coisa!!). Navegámos até ao mercado do peixe e, depois, pelo canal principal até à fábrica da cerâmica – actualmente convertida em sede de serviços públicos – sempre observando a cidade, as embarcações, os passeantes e os garridos moliceiros turísticos.

Percurso Domingo
Canoista que se preze, tem sempre um objectivo em mente quando pagaia: a refeição que se segue. Assim, para esse nobre fim, utilizámos um jardim com estacionamento para kayaks que simpaticamente existe na boca da fábrica das cerâmicas convertida ao uso autárquico.
O caminho inverso foi disfrutado com o igual prazer que a ida. Transitámos, novamente, a eclusa e iniciámos uma marcha contra a corrente da maré: quem corre por gosto não cansa! Atracámos no mesmo local onde se dera a partida – mas agora com a maré subida.

E o sol sempre no céu a brilhar.

Mais imagens AQUI!

Até à próxima!!








terça-feira, 28 de outubro de 2014

CIRCUITO MAGICAM 2014 DE KAYAKSURF E WAVESKI

A etapa de 2014 do maior espectáculo do mundo está encerrada e os resultados, homologados pela Federação Portuguesa de Canoagem, estão publicados.

É com muita alegria, orgulho e admiração que felicitamos todos os nossos amigos que fizeram este conjunto de provas desportivas: organizadores, patrocinadores e atletas. É graças a eles que o nosso país e a "nossa" modalidade se tem afirmado pelo rigor organizativo e nível desportivo.

O futuro? O futuro é termos mais atletas; o futuro é conseguirmos melhorar ainda mais o nivel técnico; o futuro é continuarmos a ser uma referência em termos de divulgação.

Especificamente, para a RPF, o futuro é tornarmo-nos um pontinho maior no mapa.





The 2014 stages for the greatest show on earth are over  and the results approved by the Portuguese Canoe Federation, are approved.

It is with great joy, pride and admiration that we congratulate all our friends who made this set of sporting events: organizers, sponsors and athletes. Only thanks to them our country and "our" sport has been stated by organizational rigor and sports.

The future? The future is to have more athletes; the future is to improve the technical level; the future is to continue to play an important role in spreading the sport..

Specifically, for the RPF team, the future is to become a bigger dot on the map.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

GUN

It is not an innovation, but for us it is a novelty: we finally presented GUN, the IC from RPF. 

We shapped, shaved, we added material, scratched again, polish the thing and so on. Then it was necessary to scrape further, equating weaknesses, and plan to apply reinforcements. 
We set up its balance, gravity issues and user settings. 

Finally, a prototype was produced in order to test for specific parameters. But when the entire kayak came out of the water in one piece and the paddler had this HUGE SMILE,  there could be only one verdict: the machine is ready! 

You can not, please everyone (nor is it intended to) but surely this kayak will be a benchmark in its segment! 

In this brief presentation of GUN, the most important word is "heart." A kayak has an "inert" component, composed of all the materials that it is done and the mathematical and physical rules that must be obeyed to (sometimes!!). However, this object is much more than that. Much more. 

For us, much of this sport weis an emotional and subjective component: the passion we feel when sliding; the adrenaline burning in the drop and speeding; the feeling of self-accomplishment that touches us when we maneuver and reverse the direction like a pendulum and go through the water; and finally the love of life that comes from surviving a spin! For the record, designing a kayak, and in this case, the GUN, is a process full of desires, doubts, in short: emotions. The development of the Gun was also the establishment of affinity with the machine and have no doubt that the Gun has its own life and the intrinsic ability to be an instrument of HAPPINESS! 

From a purely mercantile view, an IC is a product for those seeking the characteristics of a longer kayak and without keels and / or for those who want to have a second kayak for different experiences. 

Well, from now on, the RPF Family is more complete!


shape
prototype
logo


have FUN @ RPF GUN





Não é uma inovação, mas para nós é uma novidade: estamos finalmente em condições de apresentar GUN, o IC da RPF.

Shapou-se, raspou-se, acrescentou-se material, voltou-se a tirar, voltou-se a por. Depois, foi necessário raspar ainda mais, equacionar fragilidades, aplicar reforços e planificar as forças.
Afinou-se o balanço, o centro de gravidade e a fixação do utilizador.

Finalmente, produziu-se um prototipo com o intuito de testar parâmetros especificos. Mas quando o kayak saiu inteiro da água e o utilizador trazia um sorriso de orelha a orelha, o veredicto estava feito: a máquina está pronta!

Não se consegue, nem se pretende agradar a todos, mas seguramente este kayak vai ser uma referência no seu segmento!

Nesta resumida apresentação do GUN, guardamos uma palavra importante para o "coração". Ou seja, um kayak tem uma componente "inerte", composta pelos materiais de que é feito e pelas regras matemáticas e físicas a que deve obedecer. Porém, este objecto é muito mais do que isto. Muito mais.

Neste desporto depositamos muito de nós do ponto de vista subjectivo e emocional: a paixão que sentimos ao deslizar; a adrenalina que nos queima ao dropar e ao acelerar; o sentimento de autorealização que nos aflora quando manobramos, invertemos a direcção como um pêndulo e nos debruçamos sobre a àgua; e, por fim o amor à vida que resulta de sobreviver a uma centrifugação! Para que conste, a concepção de um kayak, e, neste caso, do GUN, é um processo replecto desejos, dúvidas, em suma: de emoções. O desenvolvimento do Gun foi também o establecimento de afinidade com a máquina e não temos nenhuma dúvida de que o Gun tem vida própria e a capacidade intrinseca de ser um instrumento de FELICIDADE!


Do ponto de vista puramente mercantil, um IC é um produto para quem  busca as características próprias de um surfkayak mais longo e sem patilhoes e / ou para quem quer ter um segundo kayak para experiencias diferentes.

Pois bem, a partir de agora, a Família RPF está mais completa!




quinta-feira, 22 de maio de 2014

1ª CONCENTRAÇÃO BUEU EM KAYAK DE MAR

Como diz a música do Rui Veloso, é mais o que nos une do que o que nos separa!

Subir ao Norte, atravessar o Minho e entrar na Galiza já tem, para nós, um sentido especial, pois tem o significado de ir ao encontro de amigos, conhecer gente extraordinária e, sobretudo, passar excelentes momentos a pagaiar numa região excepcional.

Após uma desgastante semana de trabalho a viagem custa um bocadinho, mas o "para onde vamos" fornece adrenalina que chegue para o esforço da deslocação.

Já passava da meia noite quando chegámos ao Camping Limens de onde se avistava o reflexo de uma lua cheia sobre a Ria de Vigo com as Cies ao fundo. Silenciosamente montámos as tendas e entrámos em modo de carregamento de baterias.

No Sábado, acordámos cedo e, depois de um pequeno almoço composto por leite dos Açores e sandes de banana da Madeira, pirámo-nos para Bueu na Ria de Pontevedra.


A Galiza é linda. Mistura paisagem rural, com urbana; relevo montanhoso e rochoso com enseadas de areira branca; zonas de grande densidade de população e locais onde não há massificação. As suas àguas transparentes trazem-nos todas as cores que é possivel o mar ter.

Chegamos a Bueu, encontramos amigos e conhecemos ainda mais. A malta dos kayaks é malta fixe.





Após um briefing em que se apresentou o percurso e o protocolo de segurança, o grupo entrou na àgua.
Sem mais detalhes, costeámos para sudoeste, brincando com correntes entre calhaus onde possivel, contornando o Cabo Udra até entrarmos na Ria de Aldan. 













A Ria de Aldan é relativamente pequena e serve de abrigo às embarcações a a clubes de canoagem que aí treinam. Neste passeio apenas se aflorou à entrada desta ria, mas noutra ocasião, com a KayakingForhtePeople, tivemos oportunidade de pagaiar ao longo das suas margens. Em ambas, a paisagem é linda, intercalando enseadas de areia branca, quase inacessíveis, com floresta e rocha que entram pelo mar dentro.



 Desde aí, olhando o horizonte, avistamos Cies a Sudoeste e Ons a noroeste. Que ninguém morra ou fique inválido sem antes visitar estas paisagens!
Nota importante: em Aldans há umas empanadilhas que parecem ter feito um pacto com o diabo....! :-)
Sem entrar nesta pequena ria, acostamos para um imperativo repasto.

O regresso faz-se mais pelo largo, apreciando um dia solarengo e quase sem vento. A passagem pela ilha de San Clemente foi um enviezamento que custou a alguns, mas valeu a pena pela beleza extraordinária que se avistou... e também pela paragem para descansar e passear!


Após uns 28 quilometros paleando (remando + parlando) juntamo-nos para a foto de família e fomos atacar uns deliciosos pinchos acompanhados por fresquíssimas Estrellas e 1904's.
Já era Domingo quando recolhemos ao Camping Limens. Subitamente as luzes apagaram-se.

No Domingo a jornada foi dedicada à aprendizagem e treino técnico. Experimentámos todos os kayaks e pagaias disponiveis, ensaiamos entradas, sculling. A excelente equipa técnica corrige-nos pormenores e dá-nos pistas que fazem toda a diferença no sucesso das manobras. Ter boa forma física ajuda, mas um posicionamento correcto permite a execucão técnica eficaz - e faz parecer os movimentos fáceis.

Despedimo-nos com vontade de ficar mais uns dias, mas as oportunidades não faltarão!