O recuo do mar que ocorreu desde o séc XVI terá estado na origem desta
construção geográfica que constitui indubitavelmente uma das mais belas
paisagens do mundo.
Nela, encontramos cordões dunares, planos de água, refugio
e habitats de inúmeras espécies. Tem sido também plataforma de actividade
económica, de práctica desportiva e de atracção turística.
Percurso Sábado |
Mesmo no fiinal de uma cansativa semana laboral, chegamos ao parque de campismo da Barra, na véspera da chegada do horário de Inverno. Assim beneficiámos de mais uma hora de luz e, na noite seguinte, de mais uma hora de repouso. Montámos o estendal do campismo, extraímos as rolhas do tinto e, depois do jantar, houve castanhas com jeropiga!
Na manhã de Sábado, a partida deu-se no Jardim Oudinot , junto ao antigo
bacalhoeiro Sto André que durante 50 anos cruzou o Mar do Norte.
Plenos de sol
e quase sem vento, rumámos ao sul, entrando no braço onde percorremos em
passeio, cerca de 10 kms até à Vagueira.
Após o pic-nic regressamos, contra a
maré, mas com o sol a favor! A ponte da Barra foi construída há 35 anos com
projecto do Eng. Edgar Cardoso. Foi num banco de areia branca, junto à ponte,
que tivemos direito a uma sessão de praia em àgua limpa e quentinha, mesmo
antes do regresso.
Como sempre, tivemos um jantar de alto gabarito, lá no Delta do Vouga.
A manhã de Domingo chegou, solarenga, depois de uma noite descansativa e
dilatada em uma hora..
Entrámos na água e seguimos a maré descendente até ao cais de pesca onde
redireccionámos para a cidade: vamos entrar nos canais urbanos da Veneza
Portuguesa. O nivelamento do caudal é permitido por uma eclusa que eleva os
aquanautas e os liberta nas hidro-avenidas onde o trânsito intenso faz lembrar
algumas metrópoles asiáticas (mais coisa menos coisa!!). Navegámos até ao
mercado do peixe e, depois, pelo canal principal até à fábrica da cerâmica –
actualmente convertida em sede de serviços públicos – sempre observando a
cidade, as embarcações, os passeantes e os garridos moliceiros turísticos.
Percurso Domingo |
Canoista que se preze, tem sempre um objectivo em mente quando pagaia: a
refeição que se segue. Assim, para esse nobre fim, utilizámos um jardim com
estacionamento para kayaks que simpaticamente existe na boca da fábrica das
cerâmicas convertida ao uso autárquico.
O caminho inverso foi disfrutado com o igual prazer que a ida. Transitámos,
novamente, a eclusa e iniciámos uma marcha contra a corrente da maré: quem
corre por gosto não cansa! Atracámos no mesmo local onde se dera a partida –
mas agora com a maré subida.
E o sol sempre no céu a brilhar.
Mais imagens AQUI!
Até à próxima!!